Em uma recessão que já dura mais de dois anos, o número de empresas em dificuldades tem crescido significantemente. Cerca de 60% de 800 médias e grandes empresas do País não conseguem pagar os juros das dívidas com a atual geração de caixa, de acordo com levantamento feito pela RK Partners, de Ricardo Knoepfelmacher, conhecido como Ricardo K, especializada em reestruturações de empresas.
Com isso, a busca por reestruturação vai elevar as operações de fusões e aquisições no País neste ano. Os principais bancos, que são muitas vezes credores das grandes empresas, também buscam investidores para injetar capital novo nas companhias com problemas. No ano passado, a gestora canadense Brookfield e a chinesa State Grid foram protagonistas em grandes transações.
A expectativa é que neste ano diversos fundos de private equity (que compram participação em empresas) sejam mais ativos em aquisições. Eduardo Armonia, responsável pela área de reestruturação e recuperação de crédito do atacado do Itaú, afirma que muitas das empresas que enfrentam dificuldade financeira hoje não foram afetadas necessariamente pela crise econômica. O problema, nesses casos, é a má gestão. Isso significa que o ativo pode ser uma boa opção de compra no mercado.
Recessão
A combinação explosiva nos últimos dois anos de recessão, escassez de crédito e má gestão, em alguns casos, não tem dado uma alternativa que não seja a recuperação judicial. "Quando há um trabalho preventivo, a empresa não tem de seguir esse caminho. Mas, tradicionalmente, no Brasil, as companhias chegam para reestruturar a dívida quando a situação está muito complicada", diz Fábio Flores, sócio da consultoria TCP Latam. Ele lembra ainda que o índice de sucesso nas recuperações judiciais brasileiras é muito pequeno.
Na visão do vice-presidente do Bradesco, Domingos Abreu, a escolha pela recuperação judicial não é o melhor caminho, seja para a empresa ou para o banco. "Diferentemente dos Estados Unidos, onde as empresas se recuperam e voltam ao mercado, no Brasil esse instrumento precisa ser aprimorado."
Para Gustavo Alejo Viviani, do Santander, a recuperação da economia poderá dar um alívio a parte das empresas. "O mercado de capitais (tanto para emissão de dívidas como de ações) está reagindo." As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
10 histórias de empreendedores que você não conhece, mas deveria
Amancio Ortega
Você talvez não lembre de cabeça qual o negócio do empreendedor Amancio Ortega. Mas certamente passa com frequência por uma das lojas de sua rede de roupas: a Zara.
Ortega virou recentemente o homem mais rico do mundo, ultrapassando o conhecidíssimo Bill Gates, segundo a Forbes. Mas poucos sabem do seu nome, e menos ainda dos detalhes da vida do empreendedor.
Diferente de muitos bilionários, ele teve uma infância humilde. De acordo com o Business Insider, um momento de virada para Ortega foi quando ouviu um comerciante dizer para sua mãe que não poderia mais fazer fiado pelo dinheiro necessário para que a família jantasse naquela mesma noite.
Nesse momento, Ortega percebeu a real dimensão dos problemas financeiros dos seus pais. Largou a escola por volta dos 13 anos e arranjou seu primeiro emprego, como mensageiro.
Sua riqueza só veio após ter uma grande ideia de negócio, por volta dos 40 anos de idade: vender roupas estilosas a um preço acessível. Só a Zara vale, hoje, 16,7 bilhões de dólares (e Ortega acumula uma fortuna de 70,9 bilhões de dólares, segundo a Forbes).
Anita Roddick
Quando a empreendedora Anita Roddick abriu a primeira loja da rede Body Shop, ela não buscava riqueza: nas suas próprias palavras, ela trilhava no momento “um caminho hippie”.
Viajando por países subdesenvolvidos e vendo seus hábitos para cuidar do corpo e da saúde, Roddick teve a ideia de criar uma linha de cosméticos feita com ingredientes naturais. Ela não venderia vaidade, e sim preocupação com o meio ambiente. Ao mesmo tempo, obteria uma fonte de renda para sustentar suas duas filhas.
Roddick conseguiu um empréstimo de 6,5 mil dólares, uniu-se a um especialista em plantas medicinais e achou um ponto comercial em Brighton, no Reino Unido.
Assim nasceu a primeira loja da Body Shop – uma rede global de beleza que se baseia em uma estratégia inusitada, combinando marketing discreto com conscientização ambiental, ética e social.
Em 2007, ano de sua morte, Anita Roddick deixou toda sua fortuna, de 51 milhões de libras esterlinas, para organizações ambientais e sociais. A Body Shop foi vendida à L’Óreal.
Colonel Harland Sanders
Você pode até não conhecer Harland Sanders pelo seu nome, mas certamente já viu sua cara estampada por aí: ele é o fundador – e icônico símbolo – da rede de fast food Kentucky Fried Chicken (KFC).
A história de Sanders é um exemplo para qualquer um que diz ser muito velho para começar a empreender: ele começou a franquear seu pequeno restaurante em 1956, aos 66 anos de idade, segundo um perfil da revista The New Yorker.
A cozinha, porém, vem desde muito cedo. O pai de Sanders faleceu quando ele tinha seis anos e o futuro empreendedor teve de assumir as refeições, enquanto a mãe trabalhava para sustentar Sanders, seu irmão e sua irmã.
Aos doze anos, o fundador do KFC conseguiu seu primeiro emprego, trabalhando em uma fazenda de madrugada. Ele conciliava os empregos com a escola, mas logo teve de abandonar os estudos. Nas próximas décadas, teve uma carreira variada – de bombeiro a vendedor de pneus.
Para complementar a renda, passou a servir pratos para viajantes. Seu nome ficou conhecido não só em Kentucky, mas em outros estados, e Sanders foi aprimorando sua receita de frango frito.
Porém, recebeu um golpe: uma estrada próxima ao seu local de trabalho seria redirecionada, reduzindo o tráfego de automóveis em frente ao restaurante. Não só: uma nova estrada seria construída, justo em cima do negócio.
Sanders passou a viver de suas economias e da aposentadoria pública. Pensando no que fazer, rodou restaurantes pelos Estados Unidos e fechou acordos com outros empreendedores: eles pagavam quatro centavos de dólar por frango vendido segundo o processo feito por Sanders.
O sucesso desses negócios foi tanto que o restaurante virou uma rede de franquias, em 1956: o Kentucky Fried Chicken.
O KFC foi vendido em 1964, com cerca de 600 unidades franqueadas, pois Sanders já pensava em sua sucessão nos negócios (na época, ele tinha 74 anos de idade). Sanders faleceu apenas aos 90 anos, em 1980. O empreendedor continua como a cara da empresa – e é admirado pelos funcionários, até hoje, como um “gênio”.
Dustin Moskovitz
Se você já viu o filme “A Rede Social”, talvez se lembre de Dustin Moskovitz: menos conhecido do que seus colegas de faculdade Eduardo Saverin e Mark Zuckerberg, Moskovitz é especialista em programação.
Porém, um fato muito desconhecido é que Moskovitz aprendeu a linguagem que faria o Facebook se expandir – o PHP – em “apenas alguns dias”, segundo o Business Insider.
Zuckerberg sabia o básico de PHP e foi assim que programou a primeira versão do que viria a ser o Facebook, em 2004. Em poucas semanas, o site que conectava estudantes da Universidade de Harvard explodiu e havia a demanda de levar a rede de relacionamento para outras universidades.
O empreendedor se matriculou em uma aula de programação, mas não tinha tempo para se dedicar a outros aspectos do Facebook. Foi aí que Moskovitz ofereceu sua ajuda, e falou que iria aprender PHP.
A rede social conseguiu se expandir e Moskovitz se juntou à Zuckerberg em Palo Alto, na Califórnia, com o cargo de Diretor de Tecnologia. O programador saiu do Facebook em 2008 – mas sua participação na empresa já havia tornado Moskovitz em um jovem bilionário.
Em seu tempo na startup, desenvolveu uma ferramenta interna para que a equipe coordenasse melhor seus trabalhos. Isso originou o novo negócio de Moskovitz: o aplicativo Asana, que já possui mais de 200 funcionários.
Elizabeth Holmes
Aos nove anos de idade, a jovem Elizabeth Holmes escreveu uma carta ao seu pai. Nela, dizia: “O que eu realmente quero da vida é descobrir algo novo, algo que a humanidade não sabia ser possível fazer.”
Hoje, a empreendedora é nada menos que a mais jovem bilionária por meio de seu próprio empreendimento: a startup de biotecnologia e saúde Theranos.
Segundo o Business Insider, a primeira inspiração para o negócio veio de um parente, que a incentivou a seguir a carreira de médica. Porém, logo Holmes descobriu que tinha medo de agulhas.
A solução para esse problema veio enquanto estudava engenharia química na Universidade de Stanford: a partir de um projeto de pesquisa, Holmes criou uma empresa que faria testes clínicos de forma mais barata e rápida.
Um teste de sangue seria feito não extraindo diversos tubos, mas com ume leve picada na ponta do dedo, por exemplo.
Assim nasceu a Theranos, em 2003. Poucos meses depois da inauguração do empreendimento, Holmes largou a universidade, aos 19 anos de idade, para cuidar da empresa no porão de uma moradia estudantil.
A dedicação de Holmes por mais de uma década rendeu frutos: a Theranos receu 92 milhões de dólares em investimentos de personalidades como Larry Ellison, da Oracle. Mesmo enfrentando problemas com parte da comunidade científica, a Theranos é avaliada em 9 bilhões de dólares, enquanto Elizabeth Holmes possui um patrimônio líquido de 4,5 bilhões de dólares.
Jack Ma
Você provavelmente conhece os sites Alibaba e Aliexpress, e talvez saiba que seu fundador se chama Jack Ma. Mas talvez não conheça quão peculiar é o bilionário chinês – e o quanto ele lutou para ser um empreendedor de sucesso.
Apenas para começar, o então Ma Yun não teve uma carreira estudantil de destaque na escola. Ele tentou entrar em Harvard dez vezes – e foi rejeitado em todas. Então, foi para outra faculdade e resolveu procurar um emprego. Ma Yun se inscreveu em 30 vagas diferentes – e, novamente, foi rejeitado em todas (incluindo a rede de fast food KFC).
Depois do trauma, Ma Yun adotou o nome Jack Ma e resolveu aprender inglês. Por nove anos, ia diariamente ao principal hotel da cidade para conversar e guiar os turistas, de graça.
Ele também criou seu próprio negócio: o comércio eletrônico Alibaba. Mas o dinheiro demorou para chegar. Quando ia a restaurantes, ele conta que diversas vezes a conta já vinha paga, com uma nota: “eu ganhei muito dinheiro com o Alibaba, e eu sei que você não. Obrigado.”
Com o tempo – e o grande boom da internet -, a situação de Jack Ma se inverteu. O IPO do grupo Alibaba, que foi um dos maiores da história e atingiu US$ 25 bilhões. O empreendedor se tornou um dos homens mais ricos da Ásia e do mundo, com uma fortuna avaliada pela Forbes em US$ 27,6 bilhões.
Jony Ive
Se você quer realmente conhecer a história da Apple, precisa ir além da biografia de Steve Jobs. Quem é empreendedor e pretende focar em desenvolvimento de produto deveria conhecer também Jony Ive: o gênio por trás dos grandes sucessos da Apple.
A colaboração do designer com Jobs produziria alguns dos mais desejados itens tecnológicos de todos os tempos — como o Mac, o iPod, o iPhone e o iPad. Ive sabe como unir beleza e funcionalidade em apenas um produto, e isso tornou a Apple uma das empresas mais valiosas do mundo.
O inovador chegou à Apple no final da década de 90, e ficou conhecido por ser uma pessoa educada e tímida.
Após os típicos atritos de entre Steve Jobs e seus funcionários, Ive acabou sendo reconhecido pelo fundador. A parceria foi intensa, e durou até o falecimento de Jobs. No funeral, Ive o chamou de “meu mais próximo e mais fiel amigo”. Já Jobs o chamava de “seu parceiro espiritual” dentro da empresa.
“Minha intuição é boa, mas minha habilidade em articular o que sinto não era tão boa assim – e continua não sendo, para minha frustração. E é isso que é difícil, agora que o Steve não está aqui”, disse Ive à revista The New Yorker.
Konosuke Matsushita
Você talvez não conheça Konosuke Matsushita, mas já deve ter usado um dos eletrônicos que sua companhia produziu: a Panasonic.
Antes de obter sucesso, porém, o empreendedor passou da riqueza herdada para a pobreza – e teve de construir seu próprio patrimônio, com muito trabalho.
Matsushita teve uma infância abastada: sua família trabalhava com grandes plantações no interior de Wakayama, no Japão. Porém, uma desvalorização repentina das commodities fez com que os Matsushita empobrecessem, e o futuro empreendedor teve de arranjar seu primeiro emprego aos nove anos de idade, em uma loja de carvão de Osaka, em 1904. Depois, trabalhou em uma loja de bicicleta até os 15 anos de idade.
Convencido de que o futuro estava na eletricidade, Matsushita se candidatou para um emprego na companhia Osaka Electric Light. Aos 22 anos de idade, se esforçava para convencer seu chefe de que tinha uma ótima ideia em mãos – uma tomada desenvolvida de forma inovadora. Mas não obteve resposta.
Lembrando dos conselhos de seu pai sobre as vantagens de ser empreendedor, Matsushita largou seu emprego, em 1917, e montou sua própria loja em um pequeno alojamento: a Matsushita Electric.
As vendas iam de mal a pior, e o empreendedor trabalhava para sobreviver. O negócio só não faliu porque recebeu um pedido inesperado, de mil unidades de placas com isolante para ventiladores elétricos.
Matsushita conseguiu se mudar para um local maior e expandiu sua produção para outros produtos inovadores de eletricidade, desenhados por ele próprio. A Matsushita Electric surpreendeu o marcado, por exemplo, ao lançar lâmpadas para bicicleta que operavam por bateria, e não por velas ou querosene.
A companhia, que mudou seu nome para Panasonic, se tornou conhecida por oferecer alta qualidade e preço baixo, firmando-se por décadas. Eventualmente, o negócio ficou conhecido por ser o maior do Japão no ramo de eletrônicos para consumo.
Michael Dell
Você provavelmente já sabe que empresa Michael Dell criou: a gigante do hardware Dell. Mas sua história não é tão conhecida quanto a de outros colegas seus da tecnologia de computadores, como Bill Gates e Steve Jobs.
Dell já se interessava por hardware durante o colégio, usando seu tempo livre para mexer em computadores. Porém, seus pais queriam que ele se tornasse um médico, segundo a Entrepreneur. Em 1983, Dell atendeu o pedido e virou um calouro na carreira de medicina da Universidade do Texas.
No primeiro semestre, aproveitava o tempo fora das aulas para comprar computadores usados, reformá-los e revendê-los por um preço maior. Vendo as peças se acumularem no seu quarto, percebeu que era a hora de expandir a empresa.
Seus pais ficaram furiosos, como era de se esperar. Então, Dell propôs um acordo: ele voltaria para o curso se as vendas durante o verão fossem ruins. Apenas no primeiro mês de operação, o empreendedor de 19 anos de idade vendeu 180 mil dólares em PCs. E nunca mais voltou à Universidade do Texas.
O empreendedor teve uma ideia visionária: adotar um modelo de venda direta de computadores, em que ele mesmo comprava os componentes, montava os PCs e os vendia, com preços menores e desempenho maior do que a média pratica pelas grandes marcas.
No primeiro ano de operação, a chamada PCs Limited vendeu 6 milhões de dólares em computadores. Poucos anos depois, mudou seu nome para Dell Computer Corp. Em 1992, Michael Dell se tornou o CEO mais jovem a entrar no ranking Fortune 500.
“Você não precisa ser um gênio ou um visionário, ou nem mesmo alguém com pós-graduação, para ser bem sucedido. Você só precisa de um modelo de trabalho e um sonho”, defende o empreendedor.
Paul Allen
Quem estudou um pouco mais a fundo a história da Microsoft certamente passou pelo nome Paul Allen: menos conhecido do que Bill Gates, o co-fundador da gigante dos computadores pessoais teve de sair da empresa após ser diagnosticado com Linfoma de Hodgkin – um câncer no sistema linfático.
Allen se recuperou totalmente do linfoma, e não parou de criar novos projetos após sua carreira nba Microsoft. Segundo seu próprio site, Allen é um “filantropo, investidor, empreendedor, dono dos times Seahawks e Blazers, guitarrista, apoiador da neurociência, pioneiro do espaço e co-fundador da Microsoft.”
Em termos de negócios, Allen criou uma nova startup: a Stratolaunch Systems, que pretende fazer o transporte aeroespacial mais acessível. Ele também possui um fundo de investimentos, chamado Vulcan.
Além disso, Allen se interessa em projetos de ciência: ele fundou o Insituto Allen para a Ciência do Cérebro e o Instituto Allen para a Inteligência Artificial.
A filantropia é outra uma grande causa de Allen: segundo a Forbes, ele já doou mais de 2 bilhões de dólares até hoje. A maioria do dinheiro costuma ir para questões globais, como preservação das espécies. A Paul G. Allen Family Foundation vai na mesma linha e investe em projetos inovadores para resolver “problemas de grande escala”.
Alguns fatos curiosos, elencados pelo Business Insider: Allen coleciona aviões militares da Segunda Guerra Mundial; possui uma grande coleção de arte e negocia seus quadros em leilões; abriu dois museus – um sobre ficção científica e outro sobre o guitarrista Jimi Hendrix; e gosta tanto de música que tem uma banda, chamada “The Underthinkers”, na qual ele é o guitarrista.
Em 2009, foi diagnosticado com outro câncer do sistema linfático – e, mais uma vez, superou a doença.
FONTE: http://exame.abril.com.br/pme/10-historias-de-empreendedores-que-voce-nao-conhece-mas-deveria/
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Pagamento em cartão amplia possibilidade de venda nos pequenos negócios
A aceitação dos cartões de débito e crédito é realidade em apenas 39% das micro e pequenas empresas. O número é de uma pesquisa inédita realizada pelo Sebrae. Entre os empreendedores que aceitam crédito e/ou débito como pagamento os resultados são positivos, com aumento da satisfação dos clientes para 71% dos entrevistados, crescimento de vendas para 57% e aumento do faturamento para 55%.
“Os pequenos negócios que se organizam para operar com as máquinas de cartão levam vantagem e têm mais chance não apenas de sobreviver, mas também de crescer em plena crise”, observa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
O estudo apontou que, geralmente, quanto maior o porte do pequeno negócio, mais comum é o uso das maquininhas. Os cartões de débito e/ou crédito são aceitos em 65% das empresas de pequeno porte – que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – e por somente 28% dos microempreendedores individuais (MEI). Já o recurso da antecipação do recebimento das vendas é usado constantemente por 28% dos empreendedores e, nesse caso, predominam os MEI.
Entre os empresários que não usam máquina de cartão, 79% apontam preferir outras formas de recebimento e 55% relatam estar com baixo volume de vendas. Eles mudariam de ideia caso houvesse um equipamento que aceitasse todos os cartões (76%), se recebessem o valor das vendas em um prazo menor (73%) e se fossem reduzidos os custos de compra, aluguel ou manutenção e as taxas de descontos e antecipação, alternativas citadas por 70% deles.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Pequenos negócios terão acesso a R$ 8,2 bi em crédito orientado
Nesta semana, Sebrae e BB assinam parceria na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, com o objetivo de simplificar a gestão de micro e pequenas empresas (MPE) e orientar financiamento a empresários. Pelo convênio, que integra o programa “Empreender Mais Simples: menos burocracia, mais crédito”, donos de pequenos negócios, que somam 98,5% das empresas do país, terão à disposição um total de R$ 8,2 bilhões – cerca de R$ 1,2 bilhão por meio da linha Proger Urbano Capital de Giro, com recursos do Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT), e R$ 7 bilhões da linha BNDES Capital de Giro Progeren.
A parceria prevê soluções de financiamentos por parte do Banco do Brasil, com orientação e acompanhamento, antes e depois da concessão de crédito, por consultores do Sebrae em todo o país, visando ao uso consciente dos recursos e à melhoria da gestão financeira das empresas, com redução de riscos de inadimplência. Com isso, as MPE terão acesso a capital de giro com menor custo, de forma mais ágil, a partir de fluxo diferenciado de análise e concessão de crédito no Banco.
A estimativa é que, na primeira fase, em fevereiro, agentes especializados do Sebrae atuem em nove cidades de todas as regiões do país: Sudeste (Campinas, Ribeirão Preto e Vitória); Norte (Manaus); Centro-Oeste (Cuiabá e Sinop); Nordeste (Natal e Mossoró); e Sul (Curitiba). Na segunda fase, a partir de março, a previsão é que o convênio já esteja em plena operação, com 500 agentes do Sebrae em todo o Brasil.
Garantia para o crédito
Os empresários contam também com o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), pelo qual as empresas com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões podem garantir até 80% das operações. Por meio do Fampe, o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios.
Na prática, pelo Proger Urbano Capital de Giro, o empreendedor poderá financiar com contratação simplificada, prazo de pagamento de até 48 meses, isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e taxas de juros a partir de 1,56% ao mês, com carência de até 12 meses para pagamento da primeira parcela do valor principal. Em contrapartida, a empresa deverá manter emprego e renda até um ano depois da operação e, se tiver acima de dez empregados, precisará contratar um jovem aprendiz até seis meses após a operação.
Pelo BNDES Capital de Giro Progeren, as MPE poderão financiar com prazo de até 60 meses, carência de até 12 meses e encargos totais a partir de 1,63% ao mês.
Pesquisa do Sebrae mostra que instituições financeiras não são a primeira opção de micro e pequenos empreendedores quando se trata de crédito. Apesar do custo menor, a dificuldade de gestão é apontada como um impeditivo. Em 2016, 83% dos empresários do segmento não procuraram os bancos e 52% preferiram negociar com seus próprios fornecedores, mesmo pagando juros mais altos. “Pretendemos mudar essa realidade, aproximando o Banco do pequeno negócio e tornando mais fácil o acesso ao crédito. O pequeno negócio é o motor da nossa economia e precisa de oxigênio para permanecer no mercado”, defende o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
A partir do convênio, o BB utilizará as melhores linhas disponíveis para atender os empresários. “Nosso compromisso é estar ao lado dos nossos clientes quando eles precisarem, apoiar os pequenos empresários, construir com eles relações consistentes e duradouras e ajudá-los a gerar cada vez mais emprego e renda”, destaca o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. “Para os empresários que necessitam aprimorar a gestão dos seus estoques, compras e prazos, será muito importante contar com o Sebrae em todo o processo de concessão e aplicação do crédito na empresa, por meio da assessoria de especialistas em pequenos negócios. Acreditamos muito nessa parceria”, complementa.
Como vai funcionar
O Sebrae encaminha ao BB a relação de empresas assessoradas. Após avaliação prévia, o Sebrae visita as empresas indicadas pelo BB e realiza diagnóstico econômico-financeiro. Constatada a necessidade real de crédito, o Sebrae encaminha a empresa ao Banco do Brasil para contratação do crédito com o cliente. Na fase pós-crédito, o Sebrae acompanha a empresa oferecendo orientação quanto à melhoria da gestão empresarial.
Fonte: http://empreendedor.com.br/noticia/pequenos-negocios-terao-acesso-a-r-82-bi-em-credito-orientado/
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Mesmo na crise, a Trezo Soluções Web, empresa especializada em e-commerce, contrata mais funcionários e amplia clientes
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Armando Leite Jr e André Felipe da Luz |
Uma das palavras mais faladas no último ano foi “crise”. Mas, nem de longe, ela passou para algumas empresas, que souberam lidar com o momento e crescer. Na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, a Trezo Soluções Web aumentou o quadro de funcionários em 400% e em 1500% a quantidade de projetos desenvolvidos. No início de 2015 a empresa contava com três colaboradores e quatro projetos. Doze meses depois, já são 12 pessoas na equipe e 70 projetos em andamento, sendo quatro internacionais.
Especializada em desenvolver e-commerce por meio da plataforma Magento, a mais utilizada no mundo para lojas on-line, a empresa tem conquistado espaço no segmento. Entre os clientes atendidos estão Porta dos Fundos, Loja Melissa, Ipanema, Imaginarium, Todo Livro e Copa e Cia. “A Trezo faz todo o desenvolvimento e manutenção da plataforma Magento atendendo às necessidades de cada empresa. Par alguns clientes, começamos a loja do zero, como foi o caso do Porta dos Fundos; para outros, melhoramos a plataforma e passamos a oferecer todo o suporte necessário”, explica o Chief Executive Officer (CEO) e sócio da Trezo, Armando Leite Júnior.
Sobre o sucesso do empreendimento, o Chief Technology Officer (CTO) e sócio da Trezo, André Felipe T. da Luz, diz que o diferencial está no atendimento, agilidade e capacidade de solucionar o problema do cliente. “É comum ouvir de clientes que migraram para nossa empresa que anteriormente não eram bem atendidos e que os problemas se repetiam constantemente, gerando prejuízo nas vendas”, conta André.
A gerente do e-commerce Quem Casa Quer, Daiana Brito, lembra que quem tem uma loja on-line sabe o quanto pode custar não ter uma equipe de suporte, principalmente quando surge um problema inesperado. “Depois de algumas terríveis experiências, conheci a Trezo por indicação de um amigo e finalmente parei de ter surpresas desagradáveis. O atendimento da empresa é atencioso e, o mais importante, é uma empresa muito séria e confiável”, afirma Daiana.
Para outra cliente, o diferencial da Trezo está na agilidade e dedicação. “A empresa está sempre disposta a nos ajudar a chegar à melhor solução. Nossa parceria é fundamental para o sucesso do nosso e-commerce”, conta Priscila Andrade, da loja Coqueluche.
A história
A história da Trezo começou há 10 anos, quando Armando era microempreender individual (MEI) e conciliava as atividades com o emprego de carteira assinada, também na área de soluções para web.
Naquela época, a empresa nem tinha esse nome. Há cerca de dois anos, Armando decidiu que era hora de apostar mais no próprio negócio. Chamou André para ser sócio e juntos criaram a Trezo. A empresa fica em uma casa, onde os colaboradores contam com um ambiente diferenciado, a começar pela companhia de duas cachorras: a Frida e a Kiara.
Além do local de trabalho, uma sala grande com mesas, computadores e acessórios exclusivos de cada um, há espaços para relaxar, pensar em soluções e ter ideias inovadoras. Piscina, sala de academia, televisão e churrasqueira são algumas das mordomias à disposição da equipe. Além disso, o almoço, feito com base no cardápio de uma nutricionista, é oferecido a todos na empresa.
Armando explica que, devido à pressão das atribuições nesse tipo de atividade, a preocupação com o bem-estar dos colaboradores é constante, por isso, a Trezo oferece benefícios internos, criando um ambiente mais leve. “Nossa equipe precisa trazer resultados e atender bem nossos clientes. E acreditamos que o ambiente de trabalho é fundamental nesse processo, assim sempre fornecemos nosso melhor”, aponta Armando.
FONTE: http://empreendedor.com.br/perfil/armando-leite-jr-e-andre-felipe-da-luz/
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Viviane Areal Vencendo a Crise e Mundo Machista dos Mercados!
A rede SuperPrix é mais um caso de superação no atual quadro de crise econômica e com um detalhe: a estratégia vendedora foi montada por uma mulher, que conseguiu uma forte expansão com bons resultados num ramo dominado pelos homens.
A rede começou na Zona Norte do Rio de Janeiro, com trabalho duro, colheu um crescimento superior a 10% em 2015, quando a média do setor ficou em 2%. Este ano, está completando 18 anos com 13 lojas no Rio de Janeiro e em Niterói e com um e-commerce diferenciado que vem ajudando a fomentar o desenvolvimento da organização.
A empresa tem como base de trabalho o atendimento de qualidade com foco no cliente, fortalecido pelo e-commerce e pelas parcerias feitas com blogueiras que falam diretamente ao consumidor sobre o que a rede oferece. A sócio-fundadora, Viviane Areal, 39 anos, fala sobre a evolução do negócio e de sua visão como mulher empreendedora, num país onde, nos negócios, o machismo ainda fala mais grosso.
Como você se sente como uma mulher de sucesso em um país no qual os negócios são dominados basicamente pelos homens?
Viviane Areal – O mundo supermercadista sempre foi um mundo masculino. Desde que comecei a trabalhar tive que enfrentar este mundo. Mas não me senti confrontada, nem ameaçada com isso. Mostrei minha capacidade e impus o respeito com o meu trabalho.
O supermercado é um ramo pesado, que precisa de muita participação do dono, no caso da dona. Os homens que trabalham junto não atrapalham?
Estou no dia a dia da empresa. Trabalho diretamente na gestão do negócio. Não vejo diferença em trabalhar com homens ou mulheres. O importante é o resultado do negócio. Cada um tem sua particularidade em tratar as questões e temos que aproveitar o que cada um tem de melhor.
Qual foi a sua estratégia de negócio para fazer a empresa ter bom resultado, quando a maioria das demais redes está com desempenho negativo ou crescendo pouco?
Começamos uma grande reestrutu ração no SuperPrix em 2014. Mexemos em todas as áreas. Fomos da base até a operação de cada área. Inovamos em todos os setores. Estamos completando este ciclo agora. Dizemos parcerias estratégicas, elaboramos procedimentos e desenvolvemos planos de carreira para todos os funcionários, desde o caixa da loja até a direção. Com isso nos fortalecemos na base, crescemos nos últimos anos e ainda prevemos uma expansão maior agora, mesmo neste momento de crise.
A rede elegeu o foco no cliente como estratégia de trabalho. Como isso funciona, na prática?
O varejo é por si só um negócio que tem como base um relacionamento com o consumidor. Se você não foca no cliente, não vai ter futuro. Por isso a base do SuperPrix é o atendimento de qualidade com foco no cliente. A conversa direta é um diferencial que foi fortalecida com o e-commerce. Respondemos sempre ao cliente. Não deixamos de atender às demandas e, mesmo não sendo imediatas, damos uma resposta. Um exemplo foi a entrega de água sanitária pelo e-commerce. No início do serviço tivemos uma dificuldade para fazer a entrega de forma segura, então resolvemos, naquele momento, não vender este produto (hoje já encontramos uma solução). Quando uma cliente perguntou por que não tínhamos este produto disponível, fomos sinceros e respondemos que estávamos com dificuldade na entrega segura. A cliente foi ao Facebook elogiar a nossa conduta. Isso é ser transparente.
E a parceria com as blogueiras?
Hoje a rede tem parceria com blogueiras que falam diretamente ao consumidor. Elas podem falar na linguagem que o consumidor está acostumado. Também fechamos uma parceria com conceituada sommelière para dar dicas de bebidas, assim garantimos que as dicas serão bem aceitas. Usamos então o canal, que normalmente é visto apenas como uma ferramenta de vendas para a maioria dos concorrentes, como uma forma de troca e conversa com o usuário. Os resultados estão sendo bastante positivos.
Como trabalha essa equipe?
Hoje o SuperPrix tem duas consultoras especializadas que auxiliam no trabalho do e-commerce. A sommelière Deise Novakoski oferece dicas de vinhos e cervejas especiais em seu site, além de ter uma área de dicas no supermercado. E a blogueira fitness Carol Buffara, que recomenda produtos e receitas para quem deseja uma vida mais saudável no seu Instagram. Estas parcerias com nichos diferenciados alavancam as vendas tanto no e-commerce como nas lojas, mas também ajudam na divulgação nos jornais e no marketing.
A rede divulga que compatibiliza seus negócios na loja com e-commerce. Como um complemente o outro?
Os negócios são completamente complementares. Não são concorrentes. Tratamos o e-commerce como mais uma loja.
O e-commerce do SuperPrix registrou, em 2015, um crescimento médio de 12% ao mês, o que é muita coisa. O comércio eletrônico tende a se tornar o carro-chefe da organização?
Não. As lojas físicas são muito importantes. Ainda existe uma grande massa de consumidores que só compra em loja física. Já temos um público grande de e-commerce, um público migrando para o on-line, mas deixar de contar com as lojas físicas é uma coisa ainda bastante distante. Não temos esse plano.
Qual o diferencial a senhora apontaria em relação às demais redes de supermercados do país?
O SuperPrix é um supermercado de bairro diferenciado, que entrega para o cliente não só os produtos do dia a dia, mas produtos premium, de qualidade. Com isso, o cliente pode fazer suas compras a qualquer hora do dia sem precisar de grandes volumes, sem carregar peso, sem enfrentar filas e ter a liberdade para comprar perto de casa. A rede é referência em alimentos perecíveis de alta qualidade e bebidas especiais importadas e nacionais, reunindo cerca de 1.200 rótulos de cervejas especiais, vinhos e destilados.
Em duas palavras, qual o conselho que daria hoje aos jovens que estão começando no empreendedorismo?
Corram atrás dos seus sonhos. Acreditem e não desistam.
Fonte: http://empreendedor.com.br/entrevista/viviane-areal/
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Pesquisa revela negócios promissores para 2017
Atividades que atendem às necessidades básicas da população e que oferecem serviços especializados e de reparação estão entre as que mais crescem no Brasil
Em 2017, abrir um negócio no ramo da alimentação, vestuário e conserto será a opção de muitos empreendedores brasileiros. Estudo elaborado pelo Sebrae, com base no perfil de novas empresas em anos anteriores e no comportamento da economia nacional, revelou que os empreendimentos que atendem às necessidades básicas e que oferecem serviços de reparação, além de serviços especializados que permitem a redução de custos operacionais a outras empresas, estão entre as atividades mais promissoras para este ano.
Para mapear os negócios promissores de 2017, o Sebrae analisou os segmentos com maior taxa de natalidade em 2016, pois sinalizam a existência de uma maior demanda. Parte dos negócios em alta está em atividades ligadas a vestuário, alimentação e higiene. “A população continua crescendo e, mesmo em tempo crise, ela não deixa de consumir esses produtos e serviços. As pessoas buscam alternativas mais baratas, mas o consumo permanece. É importante o empresário acompanhar esse movimento da economia para ter mais sucesso”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Outro segmento que continua promissor é o de reparação. Até 2014, a ascensão econômica das classes C e D gerou um boom no consumo de eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, entre outros itens. Com a crise econômica, aumento do desemprego e redução do crédito, essas pessoas agora são forçadas a reparar esses bens ao invés de adquirir produtos novos.
Por fim, também figuram entre os negócios promissores para 2017 as empresas que ofertam produtos e serviços especializados para outros empreendimentos e que possibilitam a redução dos custos operacionais e/ou aumento da sua eficiência produtiva.
Veja a lista das atividades mais promissoras para 2015:
- Alimentos e bebidas: comércio de alimentos e bebidas, representação comercial, preparação de alimentos, comida preparada, restaurantes populares, lanchonetes, produtos de panificação, laticínios, doces, refeições.
- Vestuário: Confecção, comércio de vestuário e acessórios do vestuário e bijuterias
- Serviços de saúde: consultório médico, serviços ambulatoriais, fisioterapia, nutrição, venda de planos de saúde, comércio de medicamentos e artigos de ótica.
- Produtos/serviços inovadores: produtos e serviços que permitam aumentar a eficiência produtiva e/ou redução de custos das demais empresas.
- Serviços de Reparação: reparação e manutenção de veículos usados, manutenção de máquinas e equipamentos, comércio de peças e acessórios para veículos usados.
- Estética/beleza: cabeleireiros, comércio de cosméticos, comércio de produtos de perfumaria, higiene pessoal.
- Serviços especializados: serviços advocatícios, de engenharia, de comunicação, de gestão empresarial, serviços de apoio administrativo, serviços de contabilidade, serviços domésticos, serviços com foco na 3ª idade.
- Informática: Serviços de manutenção e reparação de computadores e equipamentos de informática, produção de softwares e comunicação multimídia
- Construção: comércio de material de construção, manutenção, reparação, pintura, pequenas reformas de imóveis, instalações elétricas, hidráulicas, obras de acabamento, artigos de serralheria, móveis de madeira, manutenção de sistemas de ventilação e refrigeração.
Fonte: http://www.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/pesquisa-revela-negocios-promissores-para-2017,e6dbb531b28a9510VgnVCM1000004c00210aRCRD
Em 2017, abrir um negócio no ramo da alimentação, vestuário e conserto será a opção de muitos empreendedores brasileiros. Estudo elaborado pelo Sebrae, com base no perfil de novas empresas em anos anteriores e no comportamento da economia nacional, revelou que os empreendimentos que atendem às necessidades básicas e que oferecem serviços de reparação, além de serviços especializados que permitem a redução de custos operacionais a outras empresas, estão entre as atividades mais promissoras para este ano.
Para mapear os negócios promissores de 2017, o Sebrae analisou os segmentos com maior taxa de natalidade em 2016, pois sinalizam a existência de uma maior demanda. Parte dos negócios em alta está em atividades ligadas a vestuário, alimentação e higiene. “A população continua crescendo e, mesmo em tempo crise, ela não deixa de consumir esses produtos e serviços. As pessoas buscam alternativas mais baratas, mas o consumo permanece. É importante o empresário acompanhar esse movimento da economia para ter mais sucesso”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Outro segmento que continua promissor é o de reparação. Até 2014, a ascensão econômica das classes C e D gerou um boom no consumo de eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, entre outros itens. Com a crise econômica, aumento do desemprego e redução do crédito, essas pessoas agora são forçadas a reparar esses bens ao invés de adquirir produtos novos.
Por fim, também figuram entre os negócios promissores para 2017 as empresas que ofertam produtos e serviços especializados para outros empreendimentos e que possibilitam a redução dos custos operacionais e/ou aumento da sua eficiência produtiva.
Veja a lista das atividades mais promissoras para 2015:
- Alimentos e bebidas: comércio de alimentos e bebidas, representação comercial, preparação de alimentos, comida preparada, restaurantes populares, lanchonetes, produtos de panificação, laticínios, doces, refeições.
- Vestuário: Confecção, comércio de vestuário e acessórios do vestuário e bijuterias
- Serviços de saúde: consultório médico, serviços ambulatoriais, fisioterapia, nutrição, venda de planos de saúde, comércio de medicamentos e artigos de ótica.
- Produtos/serviços inovadores: produtos e serviços que permitam aumentar a eficiência produtiva e/ou redução de custos das demais empresas.
- Serviços de Reparação: reparação e manutenção de veículos usados, manutenção de máquinas e equipamentos, comércio de peças e acessórios para veículos usados.
- Estética/beleza: cabeleireiros, comércio de cosméticos, comércio de produtos de perfumaria, higiene pessoal.
- Serviços especializados: serviços advocatícios, de engenharia, de comunicação, de gestão empresarial, serviços de apoio administrativo, serviços de contabilidade, serviços domésticos, serviços com foco na 3ª idade.
- Informática: Serviços de manutenção e reparação de computadores e equipamentos de informática, produção de softwares e comunicação multimídia
- Construção: comércio de material de construção, manutenção, reparação, pintura, pequenas reformas de imóveis, instalações elétricas, hidráulicas, obras de acabamento, artigos de serralheria, móveis de madeira, manutenção de sistemas de ventilação e refrigeração.
Fonte: http://www.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/pesquisa-revela-negocios-promissores-para-2017,e6dbb531b28a9510VgnVCM1000004c00210aRCRD
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
EX-CORTADORA DE CANA FATURA R$ 2,4 MILHÕES COM E-COMMERCE DE JOIAS
A empreendedora mineira Sabrina Nunes, 31 anos, é o nome por trás da Francisca Joias, um e-commerce que faturou R$ 2,4 milhões em 2016 e que conta com 620 revendedoras espalhadas pelo Brasil. Antes de chegar aonde chegou, Sabrina começou com muito pouco. Chegou, inclusive, a trabalhar como cortadora de cana.
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Ex-diarista descobre vira empresária de sucesso com tapioca recheada
Nascida em Itinga, no norte de Minas Gerais, Sabrina se considera uma empreendedora desde cedo. Começou vendendo picolés na zona rural da cidade. “Nessas regiões mais afastadas, não havia energia elétrica. Por isso, sorvetes eram uma grande atração. Vendi muito nas missas”, diz.
Apesar da sacada empreendedora dos picolés, Sabrina afirma que Itinga não oferecia muitas oportunidades de carreira. Surgiu a oportunidade de trabalhar em um canavial de Maracaju (MS) – seu padrasto agenciava a mudança de trabalhadores de Itinga para a cidade.
A meta de Sabrina não era trabalhar nessa área. Ela começou a estudar serviço social., mas não conseguia arranjar emprego. Decidiu ir cortar cana.
A experiência durou cerca de um mês. Dos canaviais, conseguiu um emprego de secretária na mesma empresa. “O tempo que fiquei cortando cana foi difícil. Mas era o que eu tinha para fazer. Lá mesmo eu fiz contatos para conseguir me recolocar. Eu só agarrei a oportunidade, sem coitadismo.”
Há sete anos, já formada e trabalhando como secretária, outra mudança: Sabrina conseguiu uma bolsa para estudar engenharia no Rio de Janeiro. Resolveu sair do Mato Grosso do Sul.
No decorrer do curso, arranjou trabalho em um escritório. Até que, em janeiro de 2012, resolveu fazer alguma atividade para complementar a renda. “Comprei R$ 50 em matéria-prima, fiz bijuterias e comecei a vender meus produtos pela internet”, diz.
Nascia, ali, a Francisca Joias. Sabrina batizou a empresa em homenagem à sua avó. “É um nome que representa força, perseverança e afeto. Além disso, mostra de onde eu vim”, diz Sabrina.
A princípio, ela usava a plataforma Elo7, especializada em artesanato, joias e produtos criativos em geral. Tudo aquilo que ganhava era reinvestido. Assim, foi conseguindo vender mais e mais peças. Em agosto de 2012, decidiu criar uma loja virtual própria para a Francisca Joias.
Em 2016, com a crise econômica ganhando forças, Sabrina decidiu mudar um pouco o modelo de negócio da Francisca Joias: começou a trabalhar com revendedoras.
Atualmente, a empresa tem 620 pessoas revendendo seus produtos. Elas compram os itens que quiserem com 40% de desconto, recebem o pedido em casa e revendem as joias pelo mesmo preço do e-commerce. “Com o desconto, eu perco margem de lucro, mas aumento meu número de vendas. Além disso, dou chance a quem precisa trabalhar”, afirma Sabrina.
A Francisca Joias vende brincos, colares, pulseiras e anéis. O site também trabalha com óculos escuros. No total, o e-commerce tem cerca de 3 mil itens.
De acordo com Sabrina, o principal diferencial da marca é o atendimento. “Trabalhamos de forma humanizada. Acreditamos que as vendas são feitas de pessoas para pessoas, mesmo que a transação ocorra pela internet. Fazemos um atendimento mais leve e que traz confiança.”
Em 2016, a Francisca Joias faturou R$ 2,4 milhões. Para este ano, a meta é chegar a R$ 3 milhões.
Além do trabalho com a marca, a mineira tem um site próprio, em que dá dicas de empreendedorismo para mulheres. “Sei que posso ajudar muita gente a empreender, empoderar-se e acreditar que é possível mudar de vida”, diz Sabrina.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2017/01/ex-cortadora-de-cana-fatura-r-24-milhoes-com-e-commerce-de-joias.html
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Apesar da sacada empreendedora dos picolés, Sabrina afirma que Itinga não oferecia muitas oportunidades de carreira. Surgiu a oportunidade de trabalhar em um canavial de Maracaju (MS) – seu padrasto agenciava a mudança de trabalhadores de Itinga para a cidade.
A meta de Sabrina não era trabalhar nessa área. Ela começou a estudar serviço social., mas não conseguia arranjar emprego. Decidiu ir cortar cana.
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Há sete anos, já formada e trabalhando como secretária, outra mudança: Sabrina conseguiu uma bolsa para estudar engenharia no Rio de Janeiro. Resolveu sair do Mato Grosso do Sul.
No decorrer do curso, arranjou trabalho em um escritório. Até que, em janeiro de 2012, resolveu fazer alguma atividade para complementar a renda. “Comprei R$ 50 em matéria-prima, fiz bijuterias e comecei a vender meus produtos pela internet”, diz.
Nascia, ali, a Francisca Joias. Sabrina batizou a empresa em homenagem à sua avó. “É um nome que representa força, perseverança e afeto. Além disso, mostra de onde eu vim”, diz Sabrina.
A princípio, ela usava a plataforma Elo7, especializada em artesanato, joias e produtos criativos em geral. Tudo aquilo que ganhava era reinvestido. Assim, foi conseguindo vender mais e mais peças. Em agosto de 2012, decidiu criar uma loja virtual própria para a Francisca Joias.
Em 2016, com a crise econômica ganhando forças, Sabrina decidiu mudar um pouco o modelo de negócio da Francisca Joias: começou a trabalhar com revendedoras.
Atualmente, a empresa tem 620 pessoas revendendo seus produtos. Elas compram os itens que quiserem com 40% de desconto, recebem o pedido em casa e revendem as joias pelo mesmo preço do e-commerce. “Com o desconto, eu perco margem de lucro, mas aumento meu número de vendas. Além disso, dou chance a quem precisa trabalhar”, afirma Sabrina.
A Francisca Joias vende brincos, colares, pulseiras e anéis. O site também trabalha com óculos escuros. No total, o e-commerce tem cerca de 3 mil itens.
De acordo com Sabrina, o principal diferencial da marca é o atendimento. “Trabalhamos de forma humanizada. Acreditamos que as vendas são feitas de pessoas para pessoas, mesmo que a transação ocorra pela internet. Fazemos um atendimento mais leve e que traz confiança.”
Em 2016, a Francisca Joias faturou R$ 2,4 milhões. Para este ano, a meta é chegar a R$ 3 milhões.
Além do trabalho com a marca, a mineira tem um site próprio, em que dá dicas de empreendedorismo para mulheres. “Sei que posso ajudar muita gente a empreender, empoderar-se e acreditar que é possível mudar de vida”, diz Sabrina.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2017/01/ex-cortadora-de-cana-fatura-r-24-milhoes-com-e-commerce-de-joias.html
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
6 TIPOS DE NEGÓCIO QUE VOCÊ PODE ABRIR COM POUCO DINHEIRO
Você está sonhando em abrir seu próprio negócio, mas não tem muito dinheiro para investir. Fique tranquilo: você não é o único! Por mais que existam maneiras de conseguir o valor necessário (empréstimos, por exemplo), é possível optar por aportes pequenos.
Na hora de escolher o produto ou serviço que vai oferecer, leve os custos de produção e manutenção em conta. A revista Entrepreneur selecionou 6 exemplos para te inspirar. Confira abaixo:
1. Criações próprias
Nada melhor do que ganhar dinheiro fazendo aquilo que você já sabe. Por exemplo, se você é um pintor, pode vender suas obras de arte gastando nada mais do que os instrumentos que vai usar. Plataformas online gratuitas podem ajudá-lo com as vendas.
2. Serviços em casa
Esse tipo de serviço é rentável e não exige muitos gastos. Se você trabalha em casa – ou na vizinhança –, poupa tempo e economiza dinheiro. Como exemplo, pode-se citar o trabalho de babá ou passeador de cães.
3. Trabalhos de conserto
Assim como os serviços em casa, esse tipo de negócio não exige um ambiente de trabalho estabelecido e nenhum investimento exceto o das ferramentas. Se você possui algumas habilidades na área, pode trabalhar em conserto domésticos. Também pode fazer reparos em roupas.
4. Consultoria
Muitas pessoas só pensam em se tornar empreendedores depois de terem passado por muitos anos de experiência profissional. Com essa bagagem, podem abrir uma consultoria. A atividade exige pouco investimento inicial e, se o empreendedor aproveitar seus contatos profissionais, pode ser bastante rentável.
5. Revenda
O sistema é simples: você adquire produtos e os vende para outras pessoas. Você pode ser um representante de vendas, distribuidor ou atacadista. No último caso, será preciso fazer um investimento inicial maior, para formação de estoque.
6. Microempreendedorismo
Por último, você pode criar um mininegócio. Pode trabalhar em apps de serviço como Uber, alugar sua casa em plataformas como o AirBnB... As opções são muitas e, na maioria dos casos, o investimento inicial é baixíssimo.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2017/01/6-tipos-de-negocio-que-voce-pode-abrir-com-pouco-dinheiro.html
Na hora de escolher o produto ou serviço que vai oferecer, leve os custos de produção e manutenção em conta. A revista Entrepreneur selecionou 6 exemplos para te inspirar. Confira abaixo:
1. Criações próprias
Nada melhor do que ganhar dinheiro fazendo aquilo que você já sabe. Por exemplo, se você é um pintor, pode vender suas obras de arte gastando nada mais do que os instrumentos que vai usar. Plataformas online gratuitas podem ajudá-lo com as vendas.
2. Serviços em casa
Esse tipo de serviço é rentável e não exige muitos gastos. Se você trabalha em casa – ou na vizinhança –, poupa tempo e economiza dinheiro. Como exemplo, pode-se citar o trabalho de babá ou passeador de cães.
3. Trabalhos de conserto
Assim como os serviços em casa, esse tipo de negócio não exige um ambiente de trabalho estabelecido e nenhum investimento exceto o das ferramentas. Se você possui algumas habilidades na área, pode trabalhar em conserto domésticos. Também pode fazer reparos em roupas.
4. Consultoria
Muitas pessoas só pensam em se tornar empreendedores depois de terem passado por muitos anos de experiência profissional. Com essa bagagem, podem abrir uma consultoria. A atividade exige pouco investimento inicial e, se o empreendedor aproveitar seus contatos profissionais, pode ser bastante rentável.
5. Revenda
O sistema é simples: você adquire produtos e os vende para outras pessoas. Você pode ser um representante de vendas, distribuidor ou atacadista. No último caso, será preciso fazer um investimento inicial maior, para formação de estoque.
6. Microempreendedorismo
Por último, você pode criar um mininegócio. Pode trabalhar em apps de serviço como Uber, alugar sua casa em plataformas como o AirBnB... As opções são muitas e, na maioria dos casos, o investimento inicial é baixíssimo.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2017/01/6-tipos-de-negocio-que-voce-pode-abrir-com-pouco-dinheiro.html
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