Empreender é montanha-russa daqueles de deixar até a Disney sem graça.
Normalmente, navega-se nesta montanha-russa o dia todo e, no meu caso, a noite toda. Vou da explosão de felicidade e da sensação de realização das mais completas que já senti, a uma sensação de desolação profunda e vontade de chutar o balde em 1 minuto. E vice-versa. E tudo várias vezes em um mesmo dia.
Um dos maiores desafios, penso, é o empreendedor saber conviver com esses seus pensamentos, dúvidas, receios, êxtases, e não misturar as emoções com o lado racional da coisa toda.
Empreender é ter sempre a cabeça no futuro, afinal quando se monta uma empresa, nada existe, tudo terá que ser feito, ou seja, é tudo futuro. E a coisa continua assim pra sempre, pois mesmo que o produto/serviço já exista, o empreendedor está sempre planejando o que/como inovará pra frente e isso é incógnita pura.
Inovar já é incógnita pura, inovar empreendendo ainda mais.
Misturando futuro com montanha-russa de emoções o grande risco do empreendedor é de ele ficar míope, seja influenciado pelo vale emocional, contribuindo ele próprio para aumentar o insucesso do negócio, ou nos momentos de êxtase, perdendo a noção da realidade, se embevecendo com seu próprio sucesso e passando a pensar por conta disso.
Já vi acontecer os 2 casos com vários amigos. Ajudei alguns a sair dos vales. Fui ajudado a sair dos vales também por amigos. E já presenciei algumas derrocadas de empreendedores que se empolgaram com seus sucessos, os mais difíceis de você trazer de volta à realidade, diga-se de passagem.
Um bom toque, conversar com vc mesmo para entender o que está acontecendo com o você empreendedor, tratar a si mesmo como se existissem 2 pessoas, uma sensata, calma, e outra maluca, empreendedora e obstinada. Isso costuma ajudar.
FONTE: http://www.empreendebrasil.com.br/blog/2010/02/27/altos-e-baixos-ganhos-e-perdas/
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