Este foi o caso dos empreendedores por trás do Grupo Vonin, que começou há dois anos como MEI e faturou R$ 1 milhão em 2015. A empresa produz e vende máquinas para a indústria alimentícia.
Depois dessa experiência “ruim”, os dois voltaram ao mercado de trabalho. Foi ai que outra ideia de negócio surgiu: Andrade prestava serviços para uma empresa de máquinas para grandes players da indústria alimentícia e notou que os pequenos e médios empresários do ramo não eram atendidos.
O amigo Anderson Carvalho, 29, também entrou na sociedade. Andrade e Carvalho cuidavam dos processos de montagem e Araújo tocava o site e o setor comercial da Vonin, empresa que ganhou esse nome em razão da combinação das palavras “vontade” e “inteligência”. “Era tudo que nós tínhamos naquele momento”, diz Araújo.
Os empreendedores dividiam as atividades entre o quarto de Andrade e a laje da casa de Carvalho durante um ano e oito meses. Para manter a disciplina, os três seguiam uma rotina de trabalho normal, das 8 às 18 horas. “A gente não queria brincar de ser empresário, mas, sim, fazer a coisa acontecer”, diz.
Um fator que ajudou o negócio foi a participação como expositor da Vonin na Feira do Empreendedor SP 2015. Lá tiveram a oportunidade de fechar negócios com novos clientes. Depois disso, a empresa alcançou uma média de venda de cinco a dez máquinas por mês, com valores entre R$ 6 mil e R$ 100 mil.
No portfólio de produtos estão dosadoras, tanques de derretimento, cobrideiras, túneis de resfriamento e uma dosadora de trufas – que será lançada durante a Feira do Empreendedor SP 2016, onde novamente estarão como expositores.
Hoje, a empresa está faturando R$ 1 milhão, valor quatro vezes maior do que um ano atrás. Desta vez, em uma sede própria e adequada dentro de um condomínio de empresas.
Olhar do especialista
Mas nem sempre as histórias dos microempreendedores individuais (MEI) são casos de sucesso como o da Vonin. Segundo Filipe Rubim, consultor do Sebrae-SP, muitos empreendedores se perdem na falta de planejamento pessoal e na desorganização em relação às taxas tributárias que envolvem a rotina do pequeno empresário.
Para isso não acontecer, o potencial empreendedor que deseja se tornar um MEI deve tomar cuidados como consultar a legislação da sua cidade e buscar referências de sucesso.
A formalização, feita pelo Portal do Empreendedor, exige RG, CPF e número do último recibo da declaração de imposto de renda (ou título de eleitor, caso não tenha declarado). Depois disso, o empreendedor acessa um campo para preencher os dados da sua empresa e no documento gerado já constará o número do seu CNPJ.
Durante a Feira do Empreendedor SP 2016, o estande do Sebrae vai auxiliar os novos empresários neste processo. Além da burocracia, Rubim lista uma série de dicas e cuidados para quem sonha em ter um negócio de sucesso. Confira abaixo:
1. Tributação
A partir do momento que se torna um MEI, o empreendedor deve pagar um valor mensal de tributos: o Documento de Arrecadação Simplificada (DAS) corresponde ao valor fixo mensal de R$ 45 (Comércio ou Indústria), R$ 49 (prestação de Serviços) ou R$ 50 (Comércio e Serviços). “Caso ele não cumpra, sua empresa está sujeita a sanções, multas e juros.”
2. Legislação
Depois de formalizado, o empreendedor deve buscar a legislação do seu município para saber se pode trabalhar com o que deseja dentro de casa naquela região. “Isso pode ser um fator de impedimento para a criação do seu negócio. É vital que as pessoas busquem esse tipo de informação”, diz.
3. Conscientização
“A primeira coisa que o empreendedor precisa tomar consciência é de que ele não é mais um trabalhador comum, mas, sim, um empresário”, afirma Rubim. Por isso, ele deve traçar um bom plano de negócios e buscar as características de empreendedores de sucesso, como espírito de liderança, motivação, planejamento e metas.
4. Riscos calculados
Para Filipe Rubim, o empreendedor bem sucedido corre riscos, mas não de maneira aleatória. Em um ano de crise, investir de maneira correta e focada pode ser um diferencial para o negócio. “Tem que ser planejado. O risco calculado é um dos fatores mais importantes para os negócios que querem crescer.”
5. Saber a hora de mudar
Quando a empresa começar a tomar maiores proporções, pode ser a hora de pensar em crescer e se formalizar como microempresa. Para isso, é indicado que o controle das finanças esteja altamente apurado, porque uma mudança como essa implicaria em novas e maiores tributações. “O faturamento aumenta e as obrigações também. É um movimento que deve ser planejado minuciosamente”, diz.
Não perca tempo e faça já sua inscrição para a Feira do Empreendedor SP.
Fonte - http://revistapegn.globo.com/Feira-do-Empreendedor-SP/noticia/2016/01/dicas-essenciais-para-ser-um-mei-de-sucesso.html
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